Pintura

A Pintura sempre foi um hobby. Na infância meus primeiros contatos com a pintura foram com figuras do "Forte Apache", não exatamente fazendo pinturas de Soldados da Cavalaria ou de Índios, mas sim a pintura de uniformes de times e seleções de futebol, pois adaptei as figuras do velho Oeste Norte-Americano aos gramados de futebol. Criei um sistema de regras semelhante à do jogo de botões.
Posteriormente aventurei-me em pinturas de carros de autorama da Estrela, nos quais também fiz as primeiras experiências com transformações dos modelos antigos em versões mais atualizadas, primeiramente com adaptações feitas com pedaços de cartões de crédito inutilizados e massa epoxi, posteriormente utilizava papel cartão para fazer a carcaça toda.
Um pouco mais elaborada foi a fase de pinturas em kits, aviões, navios e particularmente os Fórmula 1 da Tamya, contudo essa fase teve início quando tinha cerca de 10 anos, com os Kits da Revell, aviões de frota comercial e também os "Caças".

Quando busquei mais informações de como fazer uma pintura de melhor qualidade em meus kits de Fórmula 1, descobri um "tal" de Aerógrafo. Mesmo sem saber exatamente como funcionava sabia ao menos que era ele o responsável pela excelente qualidade nas pinturas de carros, aviões e navios que via em lojas. Decidi que compraria um, mas a importação de produtos era como um sonho difícil de realizar, além do que o valor de produtos importados era uma fábula! Na época não havia a Internet, nem tampouco o Mercado Livre e o eBay... rsrsrsrs.

Depois de algum tempo descobri que precisaria de um compressor, e que este equipamento também custava caro, e por ser grande e barulhento, minhas chances de ter um desses funcionando em um apartamento eram mínimas, pra não dizer: nulas.

Bem, mas os tempos mudaram e muitos anos depois quando troquei meu hobby do Automodelismo de Fenda (Autorama) para o Ferromodelismo, constatei que o custo desse equipamento, apesar de alto já era bem mais acessível. Mas com a cautela necessária para todo início de atividade busquei os equipamentos mais simples e baratos.


O Primeiro Aerógrafo
Meu primeiro aerógrafo era simples, novamento contei com a ajuda do meu irmão,Alexandre - SF Trens

Apesar de ser da marca Badger, tratava-se de um modelo dos mais simples . Estava convencido de que poderia fazer minhas pinturas com ele, mesmo sendo de "Ação simples". 


Agora precisava apenas do compressor, e pesquisando preços constatei que não teria condições de comprar um. 

Então parti para o velho método Magayver e comprei um pequeno compressor utilizado para encher camas e brinquedos infláveis e indicado para encher até pneus de carros segundo um amigo... (!?)

Seria preciso apenas adaptá-lo para energia elétrica, visto que o tal "compressor" funcionava ligado à tomada 12V do painel do carro. Fiz essa adaptação, mas infelizmente minha experiência com esse "compressor" e aerógrafo não foi tão agradável. Não consegui fazer absolutamente nada com eles, não saia tinta e me decepcionava a cada tentativa frustrada que fazia, mas depois descobri que o problema era além de um entupimento, a falta de pressão do "compressor".



Decidi que deveria comprar um aerógrafo novo, cujo valor girava em torno dos R$ 30,00, enquanto outros de melhor qualidade e marcas mais conhecidas beiravam os R$ 200,00.
Este modelo ao lado custa hoje entre R$ 30,00 e R$ 40,00 e já li uma matéria publicada em um site com um teste feito por um modelista já bastante experiente que apresenta este aerógrafo como sendo uma ótima opção Custo X Benefício.
Os resultados obtidos em pinturas utilizando este aerógrafo são bastante razoáveis, basta aprimorar as técnicas de diluição de tintas e aplicação, bem como utilizar os produtos indicados para o material a ser pintado.
Mas ainda restava um problema a ser solucionado: O compressor.
Entre muitas opções do mercado a mais interessante era um 
compressor compacto indicado para pequenos trabalhos de
 pinturas e hobbies, mas o custo em torno de R$ 400,00 o excluía de minhas aspirações.
Foi então que descobri os compressores feitos a partir de motores de geladeira e com um cilindro de freio de caminhão para servir de reservatório de ar. Lembro-me de ler sobre isso no site da Centro-Oeste. (veja também a matéria no site Aventura e Off-Road)
Nessa época conheci o Olavo Pastore, de São Paulo, que utilizava um desses e fiquei muito satisfeito com o resultado, e também com o nível de ruído muito baixo.


  
Compressor
Meu primeiro compressor na verdade não é conhecido com esse nome, e sim como "Aparelho de Inalação". trata-se de um compressor de baixa compressão, mas que se for conectado a um 


"reservatório de ar" é capaz de produzir o efeito de um compressor de ar em menor escala.
A busca por um aparelho desse estava me deixando nervoso e ancioso, havia a opção de montar um compressor para pintura a partir de um motor de geladeira, mas o custo novamente se elevaria.
Até que um dia um grande amigo, Olavo Pastore, me presenteou 
com um aparelho de inalação que estava sem uso em sua casa, em troca aceitou um dos primeiros vagões pintados por mim usando o novo aerógrafo na casa de outro grande amigo, o Rodrigo "Pacol", que me auxiliou com dicas importantes e permitindo que eu utilizasse seu compressor, com o qual realiza pinturas profissionais em capacetes e Kits de motos.

Meu primeiro trabalho foi então os vagões da Holcim.














Este foi meu segundo aerógrafo, um modelo de dupla ação - uma ação é apertar o gatilho para a liberação do ar e a outra é puxar o gatilho para trás para dosar a quantidade de tinta que será mistura ao ar - e sistema de sucção de tinta - a tinta fica em um recipiente de vidro ou no copinho de metal, que se encaixam ao aerógrafo em sua parte inferior.


Uma vez solucionado o problema do Compressor e de posse de um aerógrafo eficiente parti para a busca do tal cilindro de ar, e foi ai que novamente o meu irmão Alexandre mostrou seu lado inventivo e grande capacidade de improvisação.

Utilizando um pedaço de cano de PVC com uma tampa de um lado e 


um redutor em PVC e algumas conexões do outros construímos um cilindro de ar capaz de atender nossas necessidades, 
fizemos um desses para mim e ele fez um outro para ele usar em suas pinturas também.












Depois de algum tempo utilizando este aerógrafo, o aparelho de inalação, até então elevado ao status de compressor, "abriu o bico" e o jeito foi comprar um compressor novo.



Desta vez optei por "de verdade"!



Este compressor custou R$ 215,00 no Mercado Livre e é muito bom.
Atualmente utilizo este compressor e ainda uso o cilindro feito em PVC, e agora possuo mais de um aerógrafo, pois além do sistema de Ação simples e Ação dupla, é possível optar por aerógrafos de mistura interna ou mistura externa, e com sistema de sucção de tinta ou por gravidade - o reservatório de tinta fica posicionado na parte superior do aerógrafo
- e ainda há alguns modelos com copinhos móveis, que permitem a mudança de sua posição de acordo com o ângulo de aplicação da tinta, caso seja necessário inclinar o aerógrafo ou pintar de baixo para cima.









Também optei por adquirir um aerógrafo com agulha de menor expessura, temos opções no mercado de agulhas de 3,5mm, 3,0mm, 2,5mm e 2,0mm. 

Quanto menor a espessura da agulha mais fino poderá ser o traço do spray de tinta.


Este modelo que adquiri recentemente possui um sistema de regulagem da pressão do ar na parte inferior próximo ao bico abaixo do copo. Esta regulagem permite reduzir ou aumentar a pressão de acordo com a necessidade no momento da aplicação da tinta.